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Quando não tratar um câncer

Você sabia que mieloma múltiplo e linfomas indolentes podem não precisar de medicamentos?

O diagnóstico de uma neoplasia maligna continua sendo delicado. Mesmo com os diversos avanços da ciência, receber esta notícia ainda assusta. Mas, o que também causa estranhamento é o médico dizer ao paciente que ele não precisa de nenhum tratamento. Isso mesmo que você leu! Nesta matéria vamos explicar quando não tratar um câncer.

O que é câncer?

Primeiro é fundamental entender que câncer não é uma doença única. De acordo com Instituto Nacional de Câncer (INCA), “câncer” é um termo que abrange mais de 100 diferentes tipos de doenças malignas, que têm em comum o crescimento desordenado de células, que podem invadir tecidos ou órgãos a distância.

Outra característica que diferencia os diversos tipos da doença entre si são a velocidade e a multiplicação das células. E é aqui que entra o olhar sobre tratar ou não tratar o câncer.

Conheça o conceito “Observar e Esperar”

O conceito “Watch and Wait”, traduzido do inglês para “Observar e Esperar”, é bastante utilizado na Oncologia quando o paciente apresenta um câncer de evolução lenta.

Como vimos, esta doença acontece quando as células passam a se replicar de maneira desordenada. Neste percurso, alguns tipos de células defeituosas podem se multiplicar mais rapidamente, o que torna a neoplasia mais agressiva. Portanto, o tratamento imediato será necessário.

Porém é também possível que alguns tipos de células, mesmo que doentes, se multipliquem lentamente, tornando este câncer de evolução lenta (indolente). Para estes casos, o tratamento pode não ser indicado logo no início. Afinal, o paciente muitas vezes nem apresenta sintomas e os efeitos adversos causados pela quimio, radio e imunoterapia seriam “desnecessários”.

Dentre os cânceres do sangue que não precisam ser tratados estão:

  • Leucemia linfoide crônica

A LLC é um dos tipos de câncer que, geralmente, não precisa de tratamento ao diagnóstico. As opções terapêuticas só serão indicadas quando:

  1. O paciente apresentar sintomas relacionados à doença, como sudorese noturna, perda de peso e febre.
  2. A doença for progressiva, com aumento rápido e importante número de linfócitos, gânglios, baço ou fígado.
  3. Tiver anemia e/ou trombocitopenia (redução de plaquetas) expressivo.
  • Linfomas indolentes

Assim como na LLC, os linfomas não-Hodgkin indolentes têm uma evolução lenta e, na maior parte dos casos, os pacientes não apresentam sintomas e descobrem a doença em exames de rotina. Por isso, o tratamento não costuma ser indicado. Agora, se o quadro evoluir, aí sim medicamentos serão utilizados. Para mais informações, vá para a matéria clicando aqui.

  • Mieloma múltiplo

É possível que o paciente de MM seja assintomático, ou seja, não apresente os sintomas tão comuns como anemia, lesão óssea e insuficiência renal. Nestes casos, nenhuma terapia será iniciada.

Acompanhamento médico será essencial!

Embora os cânceres aqui citados possam não receber indicação de tratamento, isso não significa que as consultas médicas deixam de fazer parte da rotina do paciente. Pelo contrário! Acompanhar de perto a evolução destes quadros será essencial para manter a qualidade de vida em ordem.

Caso nos exames de manutenção se perceba uma evolução da doença, apenas o onco-hematologista poderá indicar qual a melhor opção terapêutica deve ser utilizada.

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