Com o avanço da ciência, diversos medicamentos foram desenvolvidos para o tratamento do linfoma de Hodgkin. Na maior parte dos casos, a resposta é bastante positiva, chegando, inclusive, à cura da doença.
Quimioterapia
Com medicamentos extremamente potentes, o objetivo deste tratamento é destruir, controlar e inibir o crescimento das células doentes.
Sua administração é feita em ciclos, com um período de tratamento, seguido por um período de descanso, para permitir ao corpo um momento de recuperação. Ela pode ser oral ou aplicada direto no sangue, por meio de um cateter.
Alguns efeitos colaterais podem surgir, como enjoo, diarreia, obstipação, alteração no paladar, boca seca, feridas na boca e dificuldade para engolir. Mas saiba que existem medicamentos para amenizá-los.
A queda de cabelo também costuma acontecer, pois a quimioterapia atinge as células malignas e também as saudáveis, em especial as que se multiplicam com mais rapidez, como os folículos pilosos, responsáveis pelo crescimento dos cabelos.
A imunidade baixa é comum a esta fase do tratamento, pode facilitar o surgimento das infecções.
Dentre os protocolos de quimioterapia mais utilizados estão:
ABVD – A: Adriamicina ou Doxorrubicina B: Bleomicina V: Vimblastina D: Dacarbazina
BEACOPP – B: Bleomicina E: Etoposideo A: Doxorrubicina C: Ciclofosfamida
AVD + BRENTUXIMAB – A: Adriamicina ou Doxorrubicina V: Vimblastina D: Dacarbazina
Radioterapia
São utilizadas radiações ionizantes, que destroem ou inibem o crescimento das células anormais que formam um tumor. Mas tudo vai depender da doença ou do quadro clínico de cada paciente.
Ela pode ser feita isoladamente e em situações específicas se faz concomitante à quimioterapia, devido à elevada toxicidade quando juntas. Os efeitos colaterais variam de acordo com a região irradiada. Geralmente pode apresentar problemas de pele, como ressecamento, coceira, bolhas ou descamação. Mas também é possível tratá-los com produtos especiais. Converse com o médico.
TMO autólogo
Técnica bastante utilizada no tratamento conjunto de resgate, ou seja, um paciente que apresenta uma recaída da doença fará um novo tratamento de quimioterapia e ao finalizar tratamento será submetido ao transplante autólogo.
Como o TMO autólogo acontece:
No banco de sangue ou no centro de transplante as células-tronco são coletadas por meio de uma veia, congeladas e armazenadas (criopreservação). Antes de realizar a coleta das células da medula óssea para o transplante, o paciente recebe alguns ciclos de quimioterapia para controlar e remissão da doença.
CONDICIONAMENTO – Após a coleta e criopreservação, o paciente é submetido a um regime de quimioterapia em altas doses, chamado de condicionamento, que tem o intuito de eliminar as células doentes e preparar o corpo para receber a nova medula. Esse regime quimioterápico leva, consequentemente, à destruição da medula óssea do paciente.
TRANSPLANTE – Após a quimioterapia, as células-tronco do paciente previamente coletadas são descongeladas e infundidas no próprio paciente, por meio de infusão intravenosa.
PÓS-TRANSPLANTE – O transplante “não acaba quando termina a infusão intravenosa”. Nesta fase ocorre a aplasia medular, período de queda do número de todas as células do sangue. Nos 100 primeiros dias após o procedimento, o paciente fica mais predisposto a infecções e passa a receber antibióticos profiláticos e de tratamento quando necessário, além de medicamentos que estimulam a produção dos glóbulos brancos.
PEGA DA MEDULA – Quando a medula óssea começa a funcionar novamente (geralmente em torno de 2-4 semanas após a infusão) pode-se dizer que houve a pega da medula, ou seja, o transplante obteve sucesso e a medula voltou a funcionar perfeitamente. Ainda assim, o monitoramento médico continua sendo essencial, pois mesmo após um ano do procedimento, pode vir a aparecer alguma complicação tardia.
A alta hospitalar só será possível no momento em que a medula óssea estiver funcionando bem, ou seja, produzindo as células do sangue em quantidades que protejam o paciente contra infecções e hemorragias.
Imunoterapia
Pacientes que não respondem à quimioterapia (refratários) ou que recidivam após transplante de medula óssea autólogo podem apresentar indicação de utilizar anticorpo monoclonal e também chamado por imunoterapia.
Os anticorpos são proteínas produzidas pelo sistema imunológico para combater infecções, e os anticorpos monoclonais são produzidos em laboratório com o objetivo de agir em um alvo específico.
Os medicamentos utilizados são:
- Brentuximabe vedotim
- Rituximabe
- Nivolumabe
- Pembrolizumabe