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A dor do câncer

Também conhecida como dor oncológica, este sintoma pode acontecer ao diagnóstico e durante o tratamento. Mas é possível controlar!

A dor oncológica, também chamada por dor associada ao câncer ou “dor do câncer”, acontece em 60 a 80% dos pacientes. Em 30% dos casos, o sintoma é apresentado no diagnóstico, e de 70 a 90% das vezes, durante o tratamento de doença avançada.

Sentir dor, em qualquer situação da vida, é algo muito incômodo e que atrapalha a realização das atividades diárias. Mas quando ela vem por conta de um câncer, parece ainda mais difícil de lidar – e, em muitos casos, muito mais “dolorida”.

O que é dor oncológica

A dor neoplásica geralmente é classificada em duas categorias:

  • Dor nociceptiva – quando há danos nos tecidos corporais e, então, o indivíduo descreve como aguda, latejante. Ela acontece quando o câncer se espalha para os ossos, músculos, articulações.
  • Dor neuropática – causada pela lesão efetiva dos nervos e muitas vezes o indivíduo a descreve como uma sensação de peso, dormência e queimação.

Além da própria doença ser responsável pela dor, é possível que o tratamento com quimioterapia, radioterapia, imunoterapia, cirurgia, uso de medicamentos, como bifosfanatos, ou até mesmo o transplante de medula óssea cause este efeito colateral.

Dê atenção à sua dor!

De fato, é possível afirmar que sentir dor durante o câncer é algo provável. Mas daí a normalizar o sintoma, não é correto. Se você é paciente oncológico e sente dor, avise o seu médico! Não ache que sentir dor é “normal”, ou que só é dor quando é algo “insuportável de aguentar”, ou até mesmo que sentir dor é fazer “manha”.

Não é! Este é um sintoma muito importante, que afeta significativamente a qualidade de vida dos pacientes e até mesmo os resultados esperados para o tratamento. Por isso ele requer atenção, prevenção e tratamento.

A equipe de Cuidados Paliativos e/ou de Cuidados de Suporte deve ser acionada para que métodos sejam indicados no controle deste sintoma.

Dor óssea no câncer do sangue

Pacientes com leucemias agudas, linfomas e mieloma múltiplo podem ter dor ao diagnóstico e também durante o tratamento. Pesquisas mostram que as principais causas de dor são a infecção intestinal e mucosite, muito comuns às pessoas que tratam um câncer hematológico. 75% dos pacientes relatam sentir uma dor intensa.

No mieloma múltiplo, a dor óssea é bastante relatada. Veja mais na matéria Dores ósseas e fraturas no mieloma múltiplo.

A dor oncológica tem tratamento

Estudos estimam que as práticas terapêuticas podem reduzir em até 90% dos casos de dor nos pacientes oncológicos.

O tratamento indicado irá depender do nível da dor que este paciente sente. Quando é moderada/leve, podem ser receitados analgésicos e anti-inflamatórios, além de práticas integrativas, como yoga, acupuntura, atividade física.

Quando o sintoma encontra-se mais forte, geralmente medicamentos opioides passam a ser administrados, como é o caso da morfina ou dos adesivos analgésicos.

Também há as opções de medicamentos intravenosos, quando os medicamentos orais já não fazem o efeito esperado. Neste caso, podem ser usadas bombas de infusão, colocadas no abdômen do paciente em uma microcirurgia. Por meio delas, os analgésicos passam por um cateter fino e vai direto para a medula espinhal (intratecal), também via endovenosa e subcutânea, oferecendo um alívio significativo e rápido para a dor.

Importante! Somente o médico e a equipe multidisciplinar é quem poderão decidir qual a melhor terapêutica a ser utilizada.

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