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Vacinas no câncer – Vamos desmistificar?

Se você é paciente de mieloma múltiplo, ou algum outro tipo de câncer, estar imunizado contra os diferentes vírus é crucial!

Começamos o Março Borgonha, mês de conscientização do mieloma múltiplo, e queremos falar sobre vacinas com você. Vamos desmistificar o tema?

Estes imunizantes foram uma importante conquista da ciência, porque a partir deles veio a proteção contra diferentes tipos de doenças graves, que são advindas de vírus e bactérias.

A vacinação é indicada para pessoas de qualquer idade e inclusive para aqueles que estão em tratamento de cânceres, como o mieloma múltiplo.

Com a chegada da COVID-19, o tema passou a ser muito comentado e muitas fake news surgiram sobre a eficácia, segurança e até mesmo necessidade dos imunizantes. E nesta matéria vamos lhe garantir que se vacinar é seguro e crucial para um melhor tratamento oncológico.

O que são vacinas?

Vacinas são substâncias preparadas para proteger crianças e adultos de doenças graves e muitas vezes letais. Os imunizantes objetivam estimular as defesas naturais do corpo, preparando o organismo para prevenir/combater diferentes tipos de doenças de maneira mais rápida e eficaz.

Como funcionam?

As vacinas, sejam elas aplicadas de maneira injetável ou por meio de medicamento líquido (gotinhas), ajudam o sistema de defesa do corpo a combater infecções causadas por vírus e bactérias de maneira eficiente, provocando uma resposta imunológica. Ou seja, se um invasor (vírus ou bactéria) penetrar as células do organismo, o sistema imunológico já terá defesas preparadas para combatê-los.

Elas são seguras?

Sim! Todas as vacinas passam por rigorosos estudos clínicos, até que estejam aprovadas para uso na população. Estas pesquisas são feitas em diferentes fases e permanecem em avaliação, mesmo quando são aplicadas no grande público.

Por que devo me vacinar?

Como vimos, as vacinas são uma ferramenta de proteção contra doenças infecciosas, que podem ser muito graves e até mesmo levar a óbito. De fato, muitas destas enfermidades estão erradicadas, mas vale lembrar que elas podem voltar, caso a população deixe de se vacinar.

Vacinas no câncer: estão permitidas?

As vacinas existem para ajudar o corpo a combater doenças causadas por vírus e bactérias, e elas são indicadas para crianças, adolescentes e adultos, inclusive para aqueles que estão em tratamento do câncer.

Dentre as tecnologias utilizadas, alguns imunizantes são produzidos com vírus inativados (mortos) e outros por meio de vírus vivo, mas atenuados. E aí é que está o ponto de atenção, quando o foco são os pacientes oncológicos!

Quando a vacina é feita com vírus inativado, pode ser aplicada neste grupo de pessoas. Agora, se o vírus for vivo, ainda que atenuado, há contraindicações. Isso porque os pacientes oncológicos ficam imunossuprimidos (com a imunidade baixa) devido à própria doença e aos tratamentos utilizados, como quimioterapia, imunoterapia, radioterapia, transplante de medula óssea. Nessa fase, caso tenham contato com o vírus, mesmo por meio da vacina, podem acabar contraindo a doença e não terão defesas o suficiente para combatê-la.

Isso quer dizer que todo paciente com câncer não poderá receber as vacinas com vírus vivos e atenuados? Não! O câncer não é uma doença única e que cada subtipo apresenta características particulares. Por isso, é crucial avaliar com o médico, de maneira individual, como proceder.

E qual o melhor momento para ser vacinado?

Alguns tratamentos, como a quimioterapia, são feitos em ciclos. Então, na fase em que os medicamentos estão sendo aplicados, o paciente pode estar com a imunidade baixa e não ser indicado receber a imunização. Já durante os intervalos, a aplicação pode ser liberada. Isso vale para adultos e crianças.

Vale com seu médico!

Vacinas no transplante de medula óssea

Para os pacientes que realizam o procedimento, sejam eles adultos ou pediátricos, refazer a vacinação pós-TMO é parte significativa do tratamento. Isso acontece porque durante o processo a imunidade fica debilitada pela quimio e as células-tronco transplantadas são jovens e precisam das vacinas para produzirem anticorpos.

As vacinas com vírus inativados até poderiam ser feitas logo após o TMO. Porém, o ideal é começar a vacinação 6 meses depois do transplante para ter uma melhor resposta imunológica. Isso porque, imediatamente após o procedimento é o momento que o paciente está com a pior função imunológica.

Ou imunossupressores também são um ponto muito importante no caso do TMO alogênico, devido à possibilidade de acontecer a doença do enxerto contra hospedeiro (DECH). Quando o paciente está tomando essa medicação, mesmo após o sexto mês, os médicos precisam decidir se a vacinação pode ser realizada. Para tal, é avaliado qual o momento de menor imunossupressão para que a resposta à vacina seja a melhor.

Vacinas liberadas e não liberadas para pacientes oncológicos

As vacinas produzidas a partir de vírus inativados são todas liberadas para os pacientes em tratamento do câncer. Dentre elas estão: gripe, COVID-19, pneumocócica.

Já os imunizantes de vírus vivo são contraindicados para este público, na maior parte dos casos, e exigem maior atenção, como é o caso da febre amarela e dengue.

Importante! Converse sempre com seu médico antes da aplicação de qualquer imunizante.

 

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