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Quimioterapia e seus temidos efeitos colaterais
Com alimentação adequada, é possível combatê-los
A quimioterapia é um importante tratamento utilizado para combater diferentes tipos de câncer, dentre eles as leucemias, linfomas e mieloma múltiplo. Mas os efeitos colaterais são bastante temidos pelos pacientes.
Este composto, formado por diferentes medicamentos, se mistura com o sangue e é levado para todas as partes do corpo com o objetivo de eliminar as células malignas do organismo. A quimioterapia, em determinados casos, é fundamental para o que o paciente entre em remissão da doença.
Mas, durante todo este processo, as células saudáveis também são combatidas pela quimio. E aí, surgem os efeitos adversos. A queda de cabelos sem sombra de dúvidas é o que mais angustia, em especial as mulheres. Mas outros efeitos importantes surgem ao longo do tratamento, como vômitos, perda do paladar, tontura, e podem atrapalhar os resultados esperados.
A boa notícia é que, com uma alimentação adequada, muitos deles podem ser minimizados – ou até mesmo desaparecerem.
Aqui vão algumas dicas:
Falta de apetite
Seja por conta dos medicamentos, ou por todos os sentimentos que envolvem o tratamento do câncer, muitos pacientes perdem a fome. Mas se alimentar bem é fundamental para que a quimioterapia seja efetiva.
Se estiver passando por isso, faça pequenas refeições ao longo do dia, com pequenos intervalos de tempo entre elas. Escolha produtos que lhe agradem e, mesmo que estiver sem vontade para comer, tente não pular as refeições. Lembre-se que os alimentos podem ajudar nos bons resultados!
Enjoos e vômitos
Alguns quimioterápicos causam muito enjoo nos pacientes e os vômitos podem enfraquece-los. Por isso, não fique muito tempo sem se alimentar e procure não ficar próximo aos locais em que estão sendo preparados os alimentos.
Evite beber líquidos no mesmo horário das refeições, além de frituras, alimentos muito gordurosos, quentes, com odores fortes ou muito fortes.
Uma dica importante é que alimentos gelados melhoram a sensação de enjoo, então chupe gelo 30 minutos antes das refeições (os gelos saborizados são ótimos também) e picolés de frutas cítricas, como limão e morango. Sucos e/ou vitaminas bem geladas vão muito bem.
Alteração e/ou perda do paladar
Muitos pacientes comentam sentir um “gosto metálico” na boca. O consumo de carne vermelha pode intensifica-lo, então evite. A perda do paladar também é efeito colateral comum da quimioterapia, então escolha alimentos bem temperados, dando ênfase ao aroma e à textura. Use hortelã, manjericão, limão, salsa, cebolinha, coentro, cebola, alho. Alimentos ricos em zinco, como feijão e ervilhas, também ajudam na recuperação do paladar.
Alterações na produção de saliva (boca seca)
A ingestão de líquidos é muito importante, estando ou não em tratamento. Mas para melhorar a sensação de boca seca, tomar bastante água, sucos e chás é essencial. Coma também frutas cítricas e com alto teor de líquido, como laranja e morango. Mas se estiver com aftas, opte por melancia ou maçã.
Diarreia
Durante o período de diarreia, beba bastante líquido durante o dia, para repor a perda de líquidos. Água, água de coco e suco de fruta natural são boas dicas. Com relação aos alimentos, dê preferência para frutas como banana prata ou banana maçã, goiaba sem cascas e sem sementes; legumes cozidos, como batata, beterraba, cenoura, inhame; cereais, como arroz, macarrão, maisena e torradas. Evite consumir produtos derivados do leite ou com efeitos laxativos.
Constipação (prisão de ventre)
Para melhorar a sensação de inchaço na região da barriga, e conseguir ir ao banheiro normalmente, beba bastante líquido, especialmente água. Coma alimentos ricos em fibras, como vegetais folhosos e legumes. Frutas, como mamão, laranja com o bagaço, ameixa e acerola são indicadas. E, claro, evite alimentos que prendem o intestino, como batatas, banana prata, goiaba.
Lembre-se que é sempre importante dividir com seu médico e equipe de nutrição o que vem sentindo e ingerindo. Medicamentos também podem ser receitados para combater os efeitos colaterais, mas somente o especialista é quem poderá indicar a melhor opção. Não corra riscos de interação medicamentosa!
*As dicas apresentadas são baseadas nas informações do INCA.
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