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Pega da medula óssea: resposta para quem faz o TMO!

Entenda o que é e como acontece este momento tão aguardado pelos pacientes que passam pelo transplante

O transplanta de medula óssea (TMO) é indicado para o tratamento de alguns tipos de câncer do sangue, como leucemias, linfomas e mieloma múltiplo. E a pega da medula óssea é resposta importante para os pacientes que passam pelo procedimento.

Quando ocorre a pega da medula?

Este termo é utilizado quando, após passar pelo TMO com doador (aparentado ou não) ou autólogo (usando suas próprias células), a medula óssea do paciente volta a funcionar novamente e corretamente.

E quanto tempo demora para a pega da medula?

Geralmente, este resultado positivo ocorre depois de duas a quatro semanas do procedimento, e o acompanhamento médico vai continuar sendo muito importante, já que podem surgir complicações mesmo depois de 1 ano após o transplante – especialmente no alogênico, ou seja, quando há um doador.

Vamos ao começo: para que serve o TMO

Iniciamos nosso texto explicando a pega da medula óssea, mas antes dela acontecer o paciente passará por algumas etapas.

O transplante de células-tronco hematopoiéticas, conhecido popularmente por transplante de medula óssea, é realizado com o objetivo de substituir as células doentes que estão sendo produzidas na medula óssea.

Para entender melhor: a medula óssea é um tecido líquido localizado dentro dos ossos (tutano) e sua função é fabricar todos os elementos do nosso sangue.

É na medula óssea onde encontramos as células-tronco, células imaturas que dão origem a todas as células sanguíneas por meio de um processo de diferenciação celular. Então, no nosso sangue encontramos três tipos de linhagens de células derivadas destas células-tronco:

  • Glóbulos brancos (ou leucócitos) – combatem as bactérias e vírus que tentam entrar no organismo;
  • Glóbulos vermelhos (ou hemácias) – responsáveis pela oxigenação de todo o corpo;
  • Plaquetas – ajudam na coagulação, evitando as hemorragias.

Na maior parte das doenças do sangue, incluindo os cânceres, acontece uma falha no momento em que as células são originadas ou durante o processo de maturação celular, fazendo com que se desenvolvam de maneira descontrolada e com perda de função.

E é neste momento que o transplante de medula óssea entra como opção de tratamento, para repovoar a medula doente com células saudáveis, possibilitando, inclusive, a cura de diferentes doenças.

As fontes de células-tronco para o transplante podem vir do sangue de medula óssea, sangue periférico ou do cordão umbilical. O procedimento também será indicado a depender de algumas características do paciente, como idade e condições clínicas.

Como acontece o transplante de medula

Ele pode ser alogênico (com doador compatível da família ou não aparentado) e autólogo (utilizando as próprias células do paciente).

Em ambos os casos, antes do procedimento o paciente receberá um tratamento com quimioterapia para destruir as células-tronco doentes e preparar o corpo para receber as novas células sanguíneas. Então, em seguida, as células saudáveis são infundidas na corrente sanguínea (parecido com uma transfusão de sangue), para que a medula óssea volte a produzir novas células.

E como saber se houve a pega da medula óssea? Se houver resposta positiva ao TMO, como vimos, o paciente então teve a “pega da medula”.

No transplante autólogo as chances de complicações são menores. Porém, no alogênico, é possível que o corpo não reconheça as células transplantadas e, por isso, comece a “brigar” contra elas, causando uma condição conhecida por Doença do Enxerto contra o Hospedeiro (DECH). São dois os principais tipos da doença:

DECH aguda. Ocorre geralmente nos primeiros três meses após o TMO. Os órgãos mais atingidos são a pele, intestino e fígado e o paciente passa a apresentar:

  • Manchas vermelhas espalhadas pelo corpo
  • Erupções na pele
  • Febre
  • Diarreia
  • Dores na região da barriga
  • Icterícia, quando a pele e mucosas passam a ficar em uma coloração amarelada devido a alterações no fígado

DECH crônica. Geralmente ocorre 3 ou 4 meses após o procedimento e pode durar anos. Os principais órgãos acometidos são a pele, mucosas (olhos e boca), articulações e pulmão. Assim, o paciente pode apresentar:

  • Falta de ar
  • Enrijecimento e escurecimento da pele
  • Coceira pelo corpo
  • Boca seca e sensível
  • Secura nos olhos e na vagina

Sendo assim, a qualquer manifestação diferente no corpo, é fundamental que o paciente avise seu médico!

Uma nova chance!

Para muitos pacientes, a pega de medula óssea representa mais do que um tratamento médico – é uma oportunidade de recomeço, de continuar a jornada da vida com esperança e determinação.

Com os avanços na medicina e também graças à generosidade dos doadores, cada vez mais pessoas têm acesso a essa importante terapia e podem vislumbrar melhores resultados em sua jornada de tratamento.

SAIBA MAIS SOBRE O TMO!

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