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ASH 2022 – Maior evento da Onco-Hematologia mundial traz novidades terapêuticas

Estudos mostram bons resultados clínicos para leucemias, linfoma e mieloma múltiplo

O 64º ASH Annual Meeting and Exposition, maior evento da Onco-Hematologia em todo o mundo, aconteceu de 10 a 13 de dezembro e trouxe importantes novidades terapêuticas no combate aos diferentes tipos de cânceres do sangue. O Dr. Breno Gusmão marcou presença no Congresso e nós separamos aqui alguns destaques para você!

LEUCEMIA LINFOIDE CRÔNICA (LLC)

O estudo nomeado CLL2-GIVe avaliou a eficácia do tratamento combinado de obinutuzumabe, ibrutinibe e venetoclax em pacientes com LLC sem tratamento prévio e que apresentam as mutações 17p e/ou TP53. As respostas foram bastante promissoras e a combinação se mostrou positiva para o tratamento de primeira linha na LLC de alto risco. Em 78% dos participantes, foi alcançada doença residual mínima indetectável. Já a sobrevida global de 36 meses foi de 92,6%. A taxa de sobrevida livre de progressão em 36 meses foi de 79,9%.

Já o estudo ALPINE, de fase 3, trouxe os resultados do Zanubrutinib, um novo agente que mostrou superioridade ao ibrutinibe no tratamento da LLC recidivada/refratária.

LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA (LLA)

Um estudo de fase 3 mostrou resultados positivos no ganho de sobrevida global em pacientes adultos (entre 30 e 70 anos) com LLA recém-diagnosticada a partir do uso do blinatumomabe junto à quimioterapia de consolidação. Com isso, agora este pode ser considerado um novo padrão de tratamento para a LLA BCR-ABL1 negativo.

LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA (LMA)

O estudo VIALE-a, de fase 3, mostrou que a combinação de venetoclax e azacitidina leva a altas taxas de remissão completa e maior sobrevida global no tratamento da LMA recém-diagnosticada em pacientes que não são elegíveis para a quimioterapia intensiva.

LINFOMA PRIMÁRIO DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

Atualmente, pacientes com este tipo de linfoma são tratados com imunoquimioterapia de indução, com metotrexato em altas doses e consolidação com quimioterapia de altas doses e transplante de medula óssea (HDC-ASCT).

O estudo MATRIx, de fase 3, fez um comparativo então entre o tratamento padrão, hoje utilizado, com a terapia de consolidação não mieloblativa no linfoma primário do sistema nervoso central recém-diagnosticado. De acordo com os resultados, a consolidação HDC-ASCT apresenta resultados significativamente melhores do que a quimioimunoterapia não mieloblativa.

LINFOMA NÃO-HODGKIN

O anticorpo biespecífico epcoritamab, indicado para pacientes com linfoma de grandes células B recidivado ou refratário vem apresentando bons resultados nos sintomas e qualidade de vida dos pacientes, de acordo com resultados do estudo EPCORE NHL-1, ainda na fase 1.

MIELOMA MÚLTIPLO

O estudo CONCEPT, de fase 2, apresentou resultados positivos na primeira análise que avalia o tratamento no mieloma múltiplo de alto risco recém-diagnosticado em pacientes com ou sem indicação ao TMO, agora com a adição do anticorpo isatuximabe à combinação com carfilzomibe, lenalidomida e dexametasona. Como principal resultado, constatou-se que os quatro medicamentos juntos, na indução e consolidação, levam a altas taxas de negatividade da doença residual mínima.

This Post Has 2 Comments

  1. Muito obrigado por compartilhar as novidades na luta contra essas enfermidades, Dr.Breno. Que Deus abençoe o Sr. E seus familiares!

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