No mês de conscientização sobre a saúde masculina, destacamos aqui os principais cuidados Os cânceres hematológicos, como linfoma, leucemias e…
O que leva uma pessoa a ter leucemia?
Alguns fatores de risco são descritos na literatura, mas na maior parte dos casos o desenvolvimento da doença ainda é um mistério
Fevereiro Laranja é o Mês de Conscientização da Leucemia, tipo de câncer do sangue que pode acontecer em qualquer momento da vida. Ele não escolhe sexo, idade, raça, classe social. O que leva uma pessoa a ter leucemia ainda continua sendo motivo de estudo para os cientistas, mas nessa matéria vamos explicar como se dá seu desenvolvimento e a associação com alguns fatores de risco. Vem ler!
Entenda a leucemia
O ponto de partida é entender primeiro que a leucemia, na verdade, deve estar no plural. Isso porque ela não é uma doença única. Sendo assim, as leucemias podem ser divididas em agudas (a partir de células imaturas e desenvolvimento mais rápido) e crônicas (por células maduras e desenvolvimento mais lento). Outra característica que diferencia um tipo do outro são as células (glóbulos brancos) mais comumente afetadas: mieloide e linfoide.
Sendo assim, existem quatro grandes grupos:
- Leucemia mieloide crônica (LMC)
- Leucemia linfoide crônica (LLC)
- Leucemia mieloide aguda (LMA)
- Leucemia linfoide aguda (LLA)
Leucemias Agudas x Leucemias Crônicas
Os pacientes podem apresentar sintomas diferentes entre elas e, além disso, alguns tipos de leucemias são mais comuns em adultos (por exemplo: LMC, LLC e LMA) e outros na infância (por exemplo a LLA, tipo de câncer mais recorrente em crianças).
O prognóstico também dependerá do tipo da leucemia e da idade do paciente. A leucemia linfoide aguda em crianças tem cerca de 90% de chances de cura. Já no adulto, o tratamento costuma ser um pouco mais difícil. A leucemia linfoide crônica, por exemplo, acontece basicamente na fase adulta e, muitas vezes, apenas o acompanhamento médico será indicado.
A importância do diagnóstico precoce é igual para todas! Mas é possível dizer que as leucemias agudas são ainda mais urgentes, justamente por terem um desenvolvimento muito rápido. Elas precisam de tratamento o quanto antes.
Outra característica similar é que para todos os tipos de leucemias há tratamento. A Medicina vem avançando muito nos últimos anos e hoje estão disponíveis aos pacientes diferentes tipos de quimioterapia, imunoterapia, terapia alvo, transplante de medula óssea e até mesmo a terapia celular . Veja mais na matéria Car-T Cell – Muito além do linfoma.
Como a leucemia se desenvolve – Fatores de risco
O que se sabe é que o paciente com leucemia apresenta uma produção anormal dos glóbulos brancos (mieloide e linfoide), tipo de células responsáveis por proteger nosso corpo contra invasores como vírus e bactérias. Eles passam a se proliferar em maior quantidade e tornam-se doentes (cancerígenos).
Alguns fatores de risco para leucemia também são descritos:
- Exposição a altas doses de radioatividade e idade avançada
- Tabagismo e exposição prolongada a produtos químicos, como o benzeno e pesticidas
- Síndromes genéticas, como a Síndrome de Down (em especial para as leucemias agudas)
- Uso prolongado de tratamentos com radiação e quimioterápicos
Mas, diferente do câncer de pulmão, por exemplo, que é 100% comprovada a associação com o tabagismo, nas leucemias ainda são feitos estudos para que as respostas sejam mais certeiras.
Anemia vira leucemia?
Essa é mais uma dúvida bastante comum e muitos acham que anemia é, sim, um fator de risco para o desenvolvimento da doença. Entretanto, já adiantamos que é mito! Para saber mais, leia a matéria Anemia pode virar leucemia?
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