Entenda o processo de formação dos tumores As neoplasias malignas foram por muito tempo um tabu. Isso porque muitas delas…
Plasmocitoma e mieloma múltiplo são a mesma doença?
Conheça as diferenças e entenda como é feito o diagnóstico
O mieloma múltiplo acontece quando as células plasmáticas, responsáveis por produzir anticorpos no organismo, tornam-se defeituosas por conta de um erro genético e passam a se acumular na medula óssea, formando então a plasmocitoma. E aí você pode se perguntar: plasmocitoma e mieloma múltiplo são a mesma doença? E a resposta é: não exatamente. Vamos explicar!
O que é o plasmocitoma?
Plasmocitoma é uma forma tumoral que se origina nas células plasmáticas. Ele representa uma neoplasia localizada, ou seja, está restrito a uma única área do corpo — geralmente nos ossos ou em tecidos moles.
Existem dois tipos principais de plasmocitoma:
- Plasmocitoma Solitário Ósseo
Esse é o tipo mais comum e ocorre quando as células cancerígenas se localizam em um único osso, como coluna, costelas, fêmur. Em muitos casos, o plasmocitoma ósseo pode evoluir para mieloma múltiplo ao longo do tempo, o que exige acompanhamento médico rigoroso.
- Plasmocitoma Extramedular
Ocorre fora dos ossos, em tecidos moles como vias aéreas superiores (nariz, garganta, seios paranasais) ou trato gastrointestinal. É mais raro do que o plasmocitoma ósseo, mas também pode progredir para mieloma múltiplo.
Plasmocitoma vira mieloma múltiplo?
Sim, em muitos casos o plasmocitoma solitário pode ser um estágio inicial do mieloma múltiplo, ou seja, grande parte dos pacientes com esse subtipo da doença desenvolvem mieloma dentro de alguns anos. Por isso, o monitoramento clínico regular é fundamental.
Porém, diferente do plasmocitoma, o mieloma múltiplo costuma ser uma doença crônica e progressiva, exigindo tratamento contínuo e acompanhamento especializado.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico envolve uma combinação de exames. São eles:
- Biópsia da lesão
- Ressonância magnética ou tomografia
- Exames laboratoriais, como dosagem de proteínas no sangue e urina
- Eletroforese de proteínas
- Exame da medula óssea (para confirmar ou descartar mieloma múltiplo)
Tratamento
Plasmocitoma solitário geralmente é tratado com radioterapia local, e tem um bom prognóstico. Neste caso, o acompanhamento médico será crucial, porque ele pode recair. Agora, a depender da região do corpo em que acontece, em alguns casos cirurgia ou quimioterapia podem ser indicadas. Já o plasmocitoma extramedular pode exigir cirurgia, quimioterapia e/ou radioterapia.
Se houver progressão para mieloma múltiplo, o tratamento segue protocolos específicos que podem incluir quimioimunoterapia, anticorpos monoclonais e transplante autólogo de medula óssea.
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