No mês de conscientização sobre a saúde masculina, destacamos aqui os principais cuidados Os cânceres hematológicos, como linfoma, leucemias e…
Tipo de prótese mamária pode causar linfoma
Silicone texturizado está ligado com mais de 500 casos da doença em todo o mundo
Uma notícia recente vem causando preocupação em mulheres que têm próteses mamárias texturizadas. Isso porque algumas delas apresentaram um tipo de linfoma muito raro associado ao uso deste tipo de silicone, o linfoma anaplásico de grandes células.
Inclusive, a marca Allergan já retirou este produto do mercado. É importante salientar que as próteses mamárias texturizadas também são produzidas por outras empresas, mas como não apresentaram nenhum tipo de problema, continuam sendo comercializadas.
“Ainda não se sabe o real motivo, mas algumas mulheres começaram a desenvolver algum tipo de inflamação devido ao uso deste material, que possibilita o surgimento deste linfoma bastante raro. No local, é possível que surja uma espécie de massa tumoral. Mas não é motivo para alarde, porque os casos são realmente muito incomuns”, explica Dr. Breno Gusmão, onco-hematologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo e Hospital Santa Lúcia.
Em todo o mundo, o FDA (agência norte-americana que regula medicamentos e produtos médicos nos EUA), contabilizou 573 mulheres diagnosticadas com linfoma por conta da prótese mamária, desde o final de 2018.
“É tudo muito recente, mas o tratamento principal é retirar a prótese. Caso o linfoma tenha se espalhado para outros regiões, órgãos e linfonodos, aí sim será necessário dar início à quimioterapia, radioterapia. O transplante de medula óssea também pode ser indicado. Por isso, é importante que as mulheres fiquem atentas a qualquer sintoma diferente em seu corpo, e caso notem algo estranho, que procure por um hematologista”, salienta Dr. Breno.
Entenda o linfoma anaplásico de grandes células
O linfoma é um tipo de câncer que têm início no sistema linfático, quando os linfócitos, um tipo de glóbulo branco, começam a se reproduzir de maneira excessiva, deixam de exercer sua função de defesa contra vírus e bactérias, e tornam-se malignos.
São duas as classificações: linfoma de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin. Neste segundo, são mais de 80 os subtipos existentes, e o linfoma anaplásico de grandes células é um deles.
Seu surgimento é mais comum em crianças e adultos jovens, mas as pessoas mais velhas não estão livres do diagnóstico. Ele começa nos gânglios linfáticos (como no caso da mama) e pode atingir a pele. Seu crescimento é bastante rápido, por isso é muito importante ficar atento aos sintomas, como gânglios aumentados (carocinhos), febre persistente, suor noturno, cansaço sem motivo aparente. O tratamento, na maior parte dos casos, é feito com quimioterapia agressiva e apresenta bons resultados.
Para entender melhor sobre o linfoma não-Hodgkin, clique aqui.
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