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Cateter, amigo do paciente com câncer

Conheça quais os principais tipos de cateter utilizados durante o tratamento oncológico e quais os cuidados importantes

Se você é paciente oncológico é bem provável que o cateter já tenho feito parte – ou ainda faça – de sua vida. São diferentes os tipos utilizados, mas o objetivo principal é o mesmo: tornar o tratamento mais fácil ao paciente. Afinal, precisar ficar tomando “picadinhas” a cada vez que realiza a quimioterapia não é nada agradável, certo?

O que é um cateter?

Na Medicina, o cateter é um tubo, feito por diferentes materiais, como plástico e silicone, e mais recentemente de poliuretano. Ele pode ser inserido em um vaso sanguíneo, possibilitando a drenagem ou infusão de fluidos, como remédios, transfusões sanguíneas e até alimentos, e também acesso a instrumentos cirúrgicos. Para os pacientes com câncer, este artifício é geralmente indicado para aplicação de medicamentos, principalmente a quimioterapia, além de nutrientes, já que muitas vezes, por conta do enjoo e mucosite, é difícil para se alimentar. São dois os principais tipos: de longa permanência e de curta permanência.

Quando usar um cateter

São diferentes os modelos existentes no mercado, mas para o tratamento oncológico os mais utilizados são os cateteres venosos centrais (CVC). Eles também podem ser chamados por dispositivos de acesso venoso central e tem como principal função ajudar na administração dos medicamentos e quimioterapia e também nutrientes diretamente na corrente sanguínea, como vimos acima.

Os principais motivos para uso de um cateter são: proteção das veias, por conta dos medicamentos irritantes e vesicantes, dificuldade de acesso venoso periférico no paciente e necessidade de um acesso venoso de maior calibre pelo tratamento, como TMO, transfusões, nutrição, dentre outros.

Seu uso traz um grande alivio para os pacientes, que não precisarão ficar levando diversas “picadas” ao longo da semana, por conta das inúmeras punções. Afinal,  além de doloridas, elas podem causar hematomas na pele e, a depender do medicamento escolhido, é possível que a veia não aguente recebê-lo. É uma forma de preservar as veias do paciente. Mas alguns cuidados serão importantes e já já falaremos sobre eles!

O tipo de CVC utilizado irá depender do objetivo do tratamento:

  • Objetivo para uso
  • Tempo de duração
  • Necessidade de receber nutrientes, por conta dos efeitos colaterais
  • Problemas clínicos, como dificuldade na coagulação sanguínea

Tipos de cateter utilizados no tratamento dos cânceres do sangue

Cateteres de longa permanência:

  • Cateter Venoso Central

Como vimos, ele é o principal tipo utilizado por pacientes em tratamento do câncer. Este é um cateter maior, colocado diretamente em uma grande veia no tórax ou na parte superior do braço. A ideia é que ele permaneça durante todo o tempo do tratamento e pode permanecer no corpo do paciente por longos períodos de tempo (mais de 1 ano, por exemplo). Então, pacientes que irão passar por longos ciclos de quimioterapia, com uma variedade grande de medicamentos, provavelmente serão indicados a utilizar este tipo. Outra característica importante é que este cateter fica visível, ou seja, na parte exterior do corpo.

  • Port-a-Carth

Este é um tipo de cateter venoso central implantado na mesma região do CVC, com a diferença que, por meio de um procedimento cirúrgico rápido, ficará completamente implantado no corpo do paciente debaixo da pele. Também dura longos períodos e ajuda na administração de medicamentos. Então a ideia é que o paciente vá para o hospital, aplique seu tratamento, e depois consiga ir para casa, normalmente.

 

  • Cateter Venoso Central de Inserção Periférica (PICC)

O PICC é um cateter específico para infusões de medicamentos, quimioterapias e enutrientes de maneira intravenosa e será colocado na parte superior do braço. Ou seja, sua colocação é periférica no corpo e fica à vista.

Diferente dos cateteres citados acima, este não costuma ficar tanto tempo com o paciente. Geralmente é utilizado por algumas semanas ou meses. Os cuidados com ele também são mais enfáticos, já que não pode ser molhado durante o banho, por exemplo.

  • Cateter Venoso Central Tunelizado

Este tipo de cateter apresenta vários tubos, separados entre eles, chamados por lúmens. Ele será colocado sob a pele, mas as aberturas destes tubos sairão da pele do tórax (local onde será aplicado no paciente, por meio de uma micro-cirurgia). Ele também é um cateter de longa duração e exigirá cuidados especiais com a pele ao redor.

Ele pode ser usado para a aplicação de quimioterapia e outros medicamentos, bem como para a retirada de sangue. Nos pacientes que realizaram um transplante de medula óssea (TMO) pode ser utilizado, principalmente, para monitorar a pressão venosa central e também para a nutrição parental, além de garantir a infusão da medula óssea. Por ter duas vias, ou mais, o paciente pode ter diferentes aplicações em um mesmo momento.

Cateteres de curta permanência:

  • Cateter de Linha Mediana

Este é bem parecido com o PICC, mas tem um comprimento menor. Ele também será introduzido em uma veia grande na parte superior do braço, mas não será necessária nenhuma cirurgia para sua colocação. É mais indicado para curtos/medianos períodos de tempo como por exemplo uma internação para de uma infecção. Não se recomenda uso para quimioterapia.

  • Cateter Venoso Central de Curta Duração

É um cateter duplo lumen para necessidade de acesso central, mas de curta duração. Seu acesso ficará restrito ao hospital.

Cuidados com o cateter

Embora o cateter facilite o tratamento, é fundamental que alguns cuidados sejam realizados pela equipe médica e também pelo próprio paciente. Assim, possíveis complicações, como infecções locais, são evitadas.

1 – É muito importante evitar que o cateter seja molhado durante o banho. Por isso, faça curativos que protejam toda a região. Se tiver dúvidas de como realizar este curativo, fale com a enfermeira responsável por seu tratamento.

2 – Não manipule o cateter, pois ele pode ser uma fonte de infecção e comprometer o seu tratamento. Caso esteja com dor, vermelhidão na região ou sinais de infecção procure seu médico ou enfermeira de referência.

3 – Evite também impactos e lesões no local onde o cateter foi instalado. Se o paciente é criança, toda atenção será necessária!

4 – Não há necessidade de passar cremes ou pomadas na região em que o cateter está aplicado, a não ser que estes produtos tenham sido indicados pelo médico.

5 – Nos cateteres de longa duração, será necessário realizar uma limpeza. O procedimento, conhecido por heparinização ou salinização, será realizado no hospital, por um profissional capacitado.

Importante! A aplicação do cateter não é obrigatória e nem todos os pacientes precisão utilizá-lo. A ideia é que o tratamento seja facilitado, por isso procure conversar com seu médico caso se sinta inseguro com relação ao procedimento.

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