No mês de conscientização sobre a saúde masculina, destacamos aqui os principais cuidados Os cânceres hematológicos, como linfoma, leucemias e…
Linfomas em crianças. Ficar atento aos sintomas é o primeiro passo!
Dos cânceres na infância, 7% são linfoma não-Hodgkin e 6% linfomas de Hodgkin
Estamos em pleno Novembro Dourado, mês de conscientização sobre o câncer infanto-juvenil, e nesta matéria abordaremos os linfomas em crianças e adolescentes. Ficar atento aos sintomas é o primeiro passo para que o diagnóstico seja efetuado rapidamente, e os resultados clínicos possam ser positivos.
O que são os linfomas
Pelo sistema linfático, trafegam os linfócitos, tipo de glóbulos brancos responsáveis por defender nosso organismo contra vírus, bactérias, dentre outros perigos. O linfoma acontece quando estas células passam a apresentar um defeito genético, e começam a se reproduzir de maneira descontrolada, tornando-se malignas.
Os linfomas podem ser divididos em: linfoma de Hodgkin (LH) e linfoma não-Hodgkin (LNH). O que irá diferenciá-los são as características celulares (os LNH são divididos em linfócitos B, linfócitos T e linfócitos NK). E também a maneira de se apresentar, já que a doença pode ser agressiva (desenvolvimento rápido) ou indolente (menos grave, com desenvolvimento lento).
Dos cânceres na infância, 7% são linfoma não-Hodgkin e 6% linfoma de Hodgkin
O que causa linfoma em crianças?
Essa é uma resposta que a ciência vem buscando, mas ainda não conseguiu descobrir. O que já se sabe é que essa não é uma doença hereditária, ou seja, passada de pais para filhos. Na infância, também não há um fator de risco provável para o seu surgimento.
Quando suspeitar de um linfoma?
Na maior parte dos casos, as crianças e adolescentes podem apresentar sintomas como:
- Aumento dos linfonodos (carocinhos indolores no pescoço, axila, virilha)
- Febre
- Perda de peso sem motivo aparente
- Suores noturnos
- Coceira na pele
- Falta de ar e tosse
- Cansaço extremo
Receber o diagnóstico logo no início da doença é essencial para que os tratamentos possam responder de forma rápida e positiva.
Como descobrir um linfoma no meu filho?
Ao perceber o surgimento de alguns destes sintomas, é muito importante procurar por um médico hematologista. Essa é a especialidade que trata de linfomas. Ele pedirá alguns exames para confirmar se o paciente tem a doença e qual o seu subtipo.
A biópsia do linfonodo costuma ser o primeiro exame pedido. Essa pequena amostra será encaminhada a um laboratório e passará por análises. Também é possível que o médico peça uma avaliação da medula óssea, para saber se o órgão não foi invadido pelas células do linfoma.
Com a confirmação do resultado, o médico entenderá qual a melhor indicação para tratamento.
Subtipos de linfomas mais comuns em crianças e adolescentes
Cerca de 60% dos casos desse câncer em crianças e adolescentes são de linfoma-não Hodgkin. O subtipo conhecido como linfoma de Burkitt é o mais frequente.
O linfoma infantil tem tratamento!
Embora receber o diagnóstico de um câncer seja, para muitos, motivo para sentir medo, angústia, a boa notícia é que em crianças as chances de cura são bem altas!
Hoje, são muitas as opções de tratamento existentes, como a quimioterapia, radioterapia (em alguns casos) e a imunoterapia, que vem apresentando respostas clínicas surpreendentes. O transplante de medula óssea autólogo (quando a medula é do próprio paciente) também pode ser uma indicação, caso o paciente não responda aos protocolos iniciais. Em alguns casos, pode ser que a opção seja o TMO alogênico (quando há necessidade de um doador compatível).
Mais recentemente, os resultados de uma nova forma de tratamento, o CART Cell, também vêm trazendo grandes expectativas aos pacientes que não alcançam resposta com o tratamento convencional.
No caso dos linfomas indolentes, é possível que nenhum tratamento seja indicado. Mas pai e mãe, fiquem tranquilos! O acompanhamento médico será feito de pertinho.
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