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Coronavírus no Brasil – Tenha calma e proteja-se
Pacientes em tratamento do câncer estão no grupo de risco, mas não há motivos para pânico
Nesta semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou como pandemia mundial a situação atual do coronavírus. Em todo o mundo, milhares de pessoas foram diagnosticadas com o vírus e, no Brasil, os casos também passaram a acontecer. Mas é importante que, tanto os pacientes oncológicos, como toda a população, tenham calma! O pânico não vai ajudar.
O que é o coronavírus
O coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. São vários os agentes, mas o novo (SARS-CoV-2) foi descoberto no final de dezembro de 2019, na China. Assim, o novo vírus passou a ser chamado de coronavírus COVID-19.
É importante ressaltar que alguns tipos de coronavírus podem causar doenças graves e surtos com impacto importante na sociedade, no que diz respeito à saúde. Dentre os exemplos estão os dois subtipos de coronavírus descobertos no passado: SARS-CoV, causador da Síndrome Respiratória Aguda Grave ou SARS, e o MERS-CoV, responsável pela Síndrome Respiratória do Oriente Médico ou MERS.
Como o COVID-19 é transmitido
Segundo o Ministério da Saúde, a transmissão dos coronavírus costuma acontecer pelo contato físico ou pelo ar, por meio de:
- Gotículas de saliva
- Espirro
- Tosse
- Catarro
- Contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão
- Contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos
O período médio de incubação por coronavírus é de 5 dias, com intervalos que podem chegar até 12 dias. O diagnóstico só será feito em ambiente hospitalar, por infectologistas especialistas.
Coronavírus durante o câncer
De acordo com a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), entre as condições que predispõem a uma possível maior gravidade da infecção causada pelo coronavírus está o câncer. Isso porque pacientes oncológicos têm, frequentemente, uma diminuição da imunidade por conta da própria doença e também por conta do tratamento.
Segundo o órgão, entre os pacientes com câncer, os de maior risco são aqueles:
- Com cânceres onco-hematológicos, como leucemias, linfomas e mieloma múltiplo;
- Que passaram por transplante de medula óssea;
- Em tratamento com quimioterapia.
Nestes casos, é fundamental evitar a contaminação. Mas, de novo, ter calma e não entrar em pânico é muito importante também.
Como evitar o coronavírus
Para pacientes com câncer:
A SBOC traz algumas dicas importantes e que você, paciente, deve seguir:
- Não interromper seus tratamentos oncológicos
- Evitar contato físico, como cumprimentar com beijos e abraços
- Evitar contato com qualquer pessoa que tenha sintomas de gripe e/ou que estejam com suspeita do COVID-19
- Evitar contato com pessoas que estejam chegando do exterior, mesmo que não tenham sintomas de gripe
- Caso apresente um dos seguintes sintomas, contatar seu médico: febre, coriza, tosse seca e falta de ar.
- No hospital, também é preciso:
- Evitar contato físico direto, mesmo com seu médico e a equipe de saúde. Em momentos como este, você não parecerá “frio” por não cumprimentar com toques ok?
- Evitar ambientes fechados e principalmente aglomerações. Fique no hospital apenas o tempo necessário.
- Visitas hospitalares devem se restringir àquelas estritamente necessárias.
População no geral, incluindo os pacientes oncológicos:
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete, por pelo menos 20 segundos. Passe o sabão entre os dedos e também na superfície de suas mãos! Usar álcool em gel também é aconselhado.
- Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas
- Cobrir a boca ao tossir e/ou espirrar
- Desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência, como o celular
- Usar máscara quando estiver em locais com grande quantidade de pessoas
Importante! Cada caso é um caso, e por isso o paciente deve conversar com seu médico para tirar dúvidas. A SBOC lembra que tratamentos paralelos, como uso indiscriminado de vitaminas C e D e outras modalidades não comprovadas, além de ineficazes, podem trazer risco à saúde. Vacinas estão sendo testadas, mas ainda não há tratamento para o coronavírus. Então se você leu sobre curas milagrosas, elas não são verdadeiras.
Excelente! Obrigada Dr. Breno Gusmão!
Sueli, muito obrigado pelo carinho! Estou à disposição para o que precisar.
Dr além de está no grupo de risco pelo mieloma ainda tenho o lúpus e ainda fui para Miami chequei sexta-feira mas estou tranquila se tiver que ter não posso fazer nada
Olá Lúcia! Sim, é importante não entrar em pânico. Mas também é necessário que você fique atenta a sinais de febre, tosse e falta de ar. Se sentir sintomas como estes, procure seu médico o quanto antes.
Ótimas recomendações!
Dr. Breno, pacientes com histórico de trombose são considerados como grupo de risco, mesmo se jovens?
Olá Elisa, boa tarde! Obrigado pelo carinho. E pacientes com histórico de trombose não estão no grupo de risco para o coronavírus. Mas, assim como todos nós, é muito importante evitar a contaminação.