Conheça quais os mais indicados para o diagnóstico e acompanhamento destes cânceres Por Anna Carolina Borges da Silva, médica nuclear…
Pensamentos sobre o diagnóstico de câncer
Aspectos psicológicos e as ações possíveis
Por Caio H. Vianna Baptista
Psicólogo Clínico e Hospitalar
Receber a notícia de uma doença como o câncer é sabidamente algo de difícil compreensão e aceitação em um primeiro momento.
Muitos pacientes sofrem um grande impacto ao receberem uma notícia como esta, o que, por sua vez, leva a diversos pensamentos que podem não ser condizentes com a realidade do prognóstico e do diagnóstico em si.
Diante disso, cabe dizer que todos nós trazemos conosco uma série de referências sobre o que seria o câncer. Essas referências estão pautadas em acontecimentos que ocorreram em nossas vidas em algum momento, nas histórias que ouvimos de familiares e amigos, nas informações passadas pelas mais diversas mídias, dentre outras fontes que contribuem para a formação da nossa visão sobre as situações de vida. Essas referências tendem a formar nossas ideias sobre todas as questões que nos cercam, sejam elas referências de coisas boas ou ruins.
O câncer pode trazer referências positivas ou negativas a partir dos acontecimentos ou informações que cada pessoa tem sobre o tema, bem como pela personalidade. Uma pessoa que recebe o diagnóstico de uma doença oncológica pode lidar com a notícia de diversas maneiras. Por exemplo: o indivíduo que teve um parente com uma doença oncológica e que foi curado, pode ter uma visão sobre a doença diferente daquele que presenciou o sofrimento e reações físicas intensas por parte de um ente querido no período de quimioterapia.
Isso mostra que cada um tende a utilizar das próprias referências para formar as suas ideias sobre o adoecimento, principalmente, sobre a doença oncológica.
No entanto, vemos com frequência pessoas que apresentam dificuldades em lidar com o diagnóstico de doença oncológica, apresentando pensamentos relacionados à dor, morte, dependência física, desconforto e perdas nos âmbitos social e familiar, por exemplo.
Esta gama de pensamentos pode ser comum ao receber o diagnóstico, porém, algumas estratégias podem e devem ser adotadas a fim de amenizar o sofrimento psíquico causado pelo impacto do diagnóstico. Dentre elas, destacam-se:
- Favorecer um espaço de fala e reflexão pessoal.
- Cultivar uma crença ou práticas relacionadas à espiritualidade.
- Conversar com o médico e equipe multidisciplinar a fim de tirar dúvidas quanto ao tratamento.
- Falar sobre os medos e receios. Falar ajuda a organizar os pensamentos.
- Continuar os projetos de vida – alguns tratamentos podem não limitar projetos já iniciados.
- Continuar trabalhando ou realizando atividades que tragam um maior senso de produção.
- Praticar exercícios físicos.
- Manter o otimismo e pensamentos positivos diante do tratamento.
- Favorecer momentos com amigos e familiares.
Estas estratégias têm sido difundidas e vem trazendo resultados positivos. Mas vale destacar que cada pessoa lida de uma forma diferente com o impacto causado pelo diagnóstico, por este motivo a psicoterapia não é algo a ser dispensado. O psicólogo pode ajudar ativamente para a instauração dessas estratégias de acordo com o tempo e desenvolvimento pessoal do paciente.
No que diz respeito aos pensamentos neste momento do diagnóstico, vale destacar que eles têm o poder de modificar nossas vidas e, se não estamos lidando bem com eles, os impactos podem ser ainda mais complicados a curto, médio e longo prazo. Por isso, procurar por uma ajuda profissional já no início do tratamento pode ser a melhor ação para cuidar da saúde emocional e promover a adaptação nos próximos momentos após diagnóstico.
Ótima Materia
Bom Dia! visitei o seu site, muito bom. Li tudo a respeito do que venho passando com o meu problema. Fiquei mais tranquila com tudo que li.Parabéns pela matéria são bem explicativas.
Muito obrigado Adriane! Fico feliz que tenha encontrado as informações que precisava. Estou à disposição.