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Vacina contra o câncer já existe?

Entenda quais são os imunizantes já disponíveis para prevenir e tratar as neoplasias malignas

Recentemente, a imprensa do Brasil e do mundo divulgou que a Rússia começará a aplicar em seus pacientes oncológicos uma vacina contra o câncer. O imunizante utiliza a tecnologia mRNA personalizada (a mesma utilizada nas vacinas contra a COVID-19, produzidas pela Pfizer e Moderna) e objetiva combater a doença e evitar a metástase. O não explicaram para quais tipos de câncer a vacina será indicada.

Não é de agora que o assunto “vacina contra o câncer” tem repercussão na mídia e na sociedade como um todo. Afinal, esta é – ou será – mais uma opção para prevenir e tratar os diferentes tipos de neoplasias malignas.

Mas falando especificamente sobre a vacina russa, ainda não há nenhuma evidência científica publicada. Ou seja, não se sabe se a terapêutica realmente apresenta algum tipo de resultado. Entretanto, a ciência já vem progredindo com outros imunizantes!

Avanços nos estudos sobre imunoterapia e biotecnologia estão tornando possível o desenvolvimento de vacinas voltadas para diversos tipos de câncer, trazendo esperança para milhões de pessoas em todo o mundo.

Como funcionam as vacinas contra o câncer?

As vacinas contra o câncer podem ser classificadas em dois tipos principais:

1. Vacinas preventivas: estas atuam antes do desenvolvimento do câncer, protegendo contra infecções causadas por vírus que aumentam o risco da doença. Por exemplo, a vacina contra o HPV (Papilomavírus Humano) reduz drasticamente os riscos de câncer de colo do útero, ânus, pênis e orofaringe. Já a vacina contra o vírus da hepatite B ajuda a prevenir o câncer de fígado.

2. Vacinas terapêuticas: estas são destinadas a tratar pacientes que já têm câncer, estimulando o sistema imunológico a reconhecer e atacar células tumorais específicas. Diferentemente das vacinas preventivas, as terapêuticas são personalizadas em muitos casos, baseando-se em marcadores moleculares exclusivos do tumor do paciente.

As vacinas terapêuticas estão sendo estudadas para diversos tipos de câncer, incluindo melanoma, câncer de mama, pulmão e próstata. A abordagem mais comum é a imunoterapia, que fortalece a capacidade do sistema imunológico de combater o câncer.

Uma das estratégias mais avançadas em testes é o uso de vacinas personalizadas, desenvolvidas com base no material genético do tumor de cada paciente. Essa tecnologia permite uma resposta mais eficaz e específica. Muitos estudos estão em fase de testes clínicos, com resultados animadores. Por exemplo, a Moderna, conhecida pela vacina contra a COVID-19, está desenvolvendo uma vacina experimental contra o melanoma que combina RNA mensageiro (mRNA) com imunoterapia.

Atualmente, não existem vacinas específicas para prevenir ou tratar os cânceres do sangue, como leucemias, linfomas e mieloma múltiplo. Mas os tratamentos com imunoterapia e com células modificadas geneticamente, como o CAR-T Cell, agem de forma parecida aos imunizantes.

Porém, ainda há desafios

Embora os avanços sejam significativos, ainda há desafios a serem superados!

  • Complexidade do câncer: cada tipo de câncer possui características únicas, tornando difícil criar uma solução universal.
  • Custo elevado: as tecnologias necessárias para desenvolver e produzir vacinas terapêuticas ainda são caras, limitando o acesso para muitos pacientes.
  • Tempo de desenvolvimento: desde os primeiros estudos até a aprovação de uma vacina, podem ser necessários anos ou até décadas de pesquisa e testes rigorosos.

As vacinas contra o câncer representam uma nova era no tratamento oncológico. Assim, a combinação de avanços em imunoterapia, inteligência artificial e medicina personalizada indica que estamos caminhando para um futuro onde o câncer poderá ser prevenido ou tratado de maneira mais eficaz.

Enquanto isso, manter hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, prática regular de atividades físicas e evitar fatores de risco, continua sendo a melhor estratégia para reduzir as chances de desenvolver a doença.

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