Conheça quais os mais indicados para o diagnóstico e acompanhamento destes cânceres Por Anna Carolina Borges da Silva, médica nuclear…
Ômega 3 e quimioterapia
Estudos comprovam que a ingestão deste tipo de gordura ajuda no combate aos efeitos colaterais
Por Camila Farias, nutricionista
No câncer, além do apetite já reduzido por diversos fatores, o aumento na síntese de mediadores imunológicos de resposta pró-inflamatória e produção de fatores que induzem à degradação proteica frequentemente, induzem à perda de peso.
A abordagem terapêutica depende das necessidades nutricionais e metabólicas de cada paciente, e algumas estratégias podem ser benéficas em vários estágios do tratamento. Em cada uma delas, existe uma melhor recomendação de nutrientes, suplementações e alimentação. O recurso de nutrientes específicos para enriquecer a alimentação está amplamente difundido.
Ômega 3 e seus benefícios
O ômega 3 é uma gordura essencial, composta por três ácidos graxos: ALA (presente em fontes vegetais – ex:linhaça), EPA e DHA (presente em fontes animais – ex: peixes). Esses ácidos graxos não são sintetizados pelo corpo, por isso precisamos da ingestão diária.
Existem várias evidências científicas em humanos que comprovam que a suplementação de ômega 3 pode auxiliar nos efeitos colaterais como:
• Melhora da composição corporal, preservação da massa muscular e no desfecho clínico em pacientes com câncer submetidos a tratamento antineoplásico.
• Ativação de sistema imune em canceres hematológicos, menos infecção e melhor resposta ao tratamento.
• Mecanismos de atuação na resposta inflamatória, melhorando a síndrome de anorexia-caquexia (perda de peso) e diminuição do cansaço (fadiga).
Considerando esses benefícios potenciais, podemos observar que o paciente em tratamento, independentemente do seu estado nutricional, pode apresentar alguma resposta positiva, sendo que a suplementação pode ser eficaz nessa fase.
Como consumir o ômega 3
Na alimentação in natura, existe dificuldade de garantir que o paciente conseguirá absorver a quantidade adequada de ômega 3. Dentre os motivos: saber se o peixe é de água salgada de fato ou se é de cativeiro. Também preciso saber qual é o tipo de linhaça, pois entre elas há variações de ômega 3.
Apesar da suplementação de ômega-3 ser bem tolerada, efeitos gastrointestinais leves podem ocorrer (desconforto abdominal, flatulência, náuseas, vômitos ou esteatorreia). Há, também, relatos sobre sabor de óleo de peixe.
A maioria dos estudos demonstra que a suplementação com ômega-3 pode ser utilizada como coadjuvante no tratamento de cânceres, sendo necessário novas pesquisas que indiquem nível ótimo de ingestão de ômega-3.
O padrão alimentar deve ser resgatado por meio do incentivo à alimentação saudável, juntamente da orientação e individualização.
A indicação segura de suplementação faz parte do acompanhamento e avaliação do nutricionista.
Ótima publicação sobre a alimentação.
Sempre nos auxiliando .
Muito obrigado pelo carinho Marisa! 🙂