Inibidores da tirosina quinase
Um dos principais avanços no tratamento oncológico em todo o mundo foi a descoberta dos inibidores da tirosina quinase, importante terapia para o combate da LMC. Este tipo de medicamento trouxe excelentes resultados para os pacientes, possibilitando-os viver bem por décadas, sem mesmo apresentar sinais da doença no organismo.
Como vimos, os pacientes com este tipo de leucemia apresentam um novo gene, o BCR-ABL. Este gene codifica uma proteína com atividade tirosina quinase. Este tipo de proteína está relacionada a diversos processos fundamentais, como a proliferação, diferenciação, mobilidade e sobrevivência ou morte celular.
Existem atualmente vários inibidores de tirosina quinase que podem ser utilizados no tratamento da LMC, inibindo o gene BCR-ABL.
São eles: Imatinibe, Nilotinibe, Dasatinibe, Ponatinibe e Bosutinibe. Todos são administrados por via oral.
TMO
Antes da era dos inibidores de tirosina quinase, o transplante alogênico de medula óssea era o tratamento de escolha. Contudo, as respostas com estes medicamentos foram muito superiores ao TMO, deixando esta opção para os casos que recaem após uso de vários tipos de inibidores ou aqueles em fase blástica.
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Monitorando a LMC
Monitorar de perto como os medicamentos estão agindo no organismo é parte fundamental do tratamento. O PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) é o exame que trará as respostas necessárias.
Com amostras de sangue periférico ou de medula óssea do paciente, o PCR irá medir a quantidade de material genético contendo o gene BCR-ABL. Feito em laboratório, este exame é bastante sensível e pode detectar quantidades mínimas deste gene, em meio a milhões de células saudáveis, garantindo uma resposta eficiente.
Quando fazer
O PCR é utilizado pela primeira vez no momento em que há uma desconfiança que o paciente tenha LMC. Com o diagnóstico confirmado, ele será fundamental para que médico e paciente saibam se o tratamento está sendo efetivo no controle da doença, ou seja, se os níveis de BCR-ABL no corpo estão controlados.
No início, é recomendado que este exame seja realizado de 3 em 3 meses. Ao apresentar bons resultados na resposta molecular, passa a ser indicado a cada 6 meses.
Níveis de PCR
Se notar que os níveis de PCR se alteraram, não é necessário entrar em pânico. Isso pode acontecer caso o exame seja feito em laboratórios diferentes, por exemplo. O médico é quem definirá qual o melhor tratamento e também dirá como o paciente está respondendo aos medicamentos.