São diferentes os tipos de tratamentos para a leucemia mieloide aguda (LMA) e que apresentam bons resultados, possibilitando em muitos casos a cura da doença. Dividimos os pacientes com LMA nos que são candidatos a terapia intensiva sem e com necessidade de transplante alogênico de medula óssea a depender do risco do paciente detectado através de testes genéticos e classificados pela OMS. Em alguns casos, devido a idade e outros problemas de saúde, terapias menos intensivas são mais apropriadas.
Quimioterapia
Os medicamentos quimioterápicos são a primeira opção indicada para o tratamento.
Eles podem ser utilizados de forma isolada ou em conjunto e, por serem intravenosos, geralmente o uso de cateteres é necessário.
A quimioterapia é feita em ciclos, para que o corpo do paciente tenha momentos de descanso, intercalados com períodos de tratamento intensivo.
Como todas as quimioterapias, efeitos colaterais são comuns e variam a depender da medicação utilizada. Dentre os efeitos colaterais mais observados estão feridas na boca, diarreia, enjoo e vômitos. A queda dos cabelos também pode acontecer, já que os medicamentos quimioterápicos afetam as células malignas e também as saudáveis, em especial as que se multiplicam com mais rapidez, como os folículos pilosos, responsável pelo crescimento dos cabelos.
É comum o paciente apresentar um período, após o uso da quimioterapia, de redução de produção das células sanguíneas do “bem” (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). Nesta fase é frequente a necessidade de transfusão de hemácias (glóbulos vermelhos) e plaquetas.
Terapia de indução – Este é o nome que se dá para a fase inicial do tratamento com quimioterapia. O resultado esperado neste momento é a completa remissão. Citarabina, antraciclina e idarrubicina são alguns dos quimioterápicos usados.
Terapia de consolidação – A produção de células normais deve voltar a acontecer em muitos pacientes depois de algumas semanas, após a terapia de indução ser completada. Com a contagem normal de células o paciente pode se considerar em remissão. Mas, para evitar que a leucemia volte, na terapia de consolidação novos ciclos de quimioterapia são utilizados.
Sistema Nervoso Central (SNC) e LMA
As células leucêmicas (doentes) podem se espalhar para o líquido cefalorraquidiano (LCR), presente ao redor do cérebro e medula espinhal. Este é um problema incomum e ocorre em menos de 3% dos pacientes. Por ser raro na LMA, não é rotina a avaliação do LCR, salvo em situações com sintomas neurológicos como dor de cabeça e confusão mental.
A punção lombar é um procedimento que usa uma agulha bem fina entre os ossos da medula até o SNC. Uma amostra do fluído é removida e examinada no miscroscópio para encontrar células doentes que podem ter se espalhado pelo cérebro e medula espinhal. Se encontrarem células doentes na região, o paciente precisará fazer a quimioterapia intratecal, quando os medicamentos são injetados diretamente nos fluídos da espinha. Ela pode ser dada ao mesmo tempo da quimioterapia de indução.
TMO
O transplante de medula óssea é um procedimento capaz de curar a LMA. O transplante alogênico (quando a medula óssea vem de um doador HLA 100% ou 50% compatível) será a opção escolhida nos casos classificados com risco maior na classificação da OMS. Para saber mais sobre o TMO, CLIQUE AQUI